domingo, 18 de novembro de 2012

Entendimento

Acho que hoje, finalmente, depois de 21 anos, entendi porque a morte me deixa tão desequilibrada. Perde alguém, por si só, já é como anda na corda bamba segurando um elefante nos ombros, mas quando essa perda vem seguida da culpa, como se sentir? Não. Eu não matei ninguém. Mas voltei a viver um momento que tenho pedido a Deus pra me afastar, a perda de um amigo.
O Erick não morreu de verdade, ele resolveu passar 100 dias sem entrar no facebook e isso virou um grande reboliço entre os amigos dele. Claro, já que ele é o tipo de carinha que se amarra em compartilhar piadas de pokemon e coisas triviais na própria página. E daí, Rayana? Daí é que, sabe lá Deus o motivo, uma meia dúzia de seres humanos inconsequentes armaram uma ''trollada'' pra trazer o Erick de volta ao facebook.
A ''grande ideia'' foi postar no mural do rapaz mensagens de ''luto'', como se ele tivesse partido dessa pra melhor. Não foram necessários mais de 15 minutos pra que tudo isso se tornasse uma enxurrada de desespero e mal-entendidos. Amigos ligando pros parentes, parentes ligando pra ele, telefonemas desesperados e no fim o cara só tava em casa, dormindo.
A verdade é que nesses 15 minutos em que eu não soube se aquilo era real ou mentira, o mundo desabou e eu me senti a pior amiga de todas. Pensei na promessa de ir visitá-lo em sua cidade, de jogar sinuca e videogame. Senti falta das conversas que a gente nunca ia ter, dos abraços que eu não ia dar nele e dos gostos que eu nunca ia saber.
Minha dor foi tão grande pela simples frustração de não ter sido uma amiga melhor pra ele, de não ter colocado ele, um cara que eu admiro e respeito muito, mais perto de mim e do meu cotidiano. Percebi que havia traído o código implícito da amizade, aquele que diz que você deve aproveitar qualquer oportunidade de estar com as pessoas que ama e que deve falar com elas, pelo menos, uma vez na semana.
Minha maior tristeza não foi pela ''morte'' dele, percebi que foi por mim, pelo fato de eu ser uma pessoa que, talvez, ele nem visse como amiga. Cheguei a me encher de culpa pelo simples pensamento que, provavelmente, ele não acharia que eu fosse alguém que choraria a partida dele. Me senti inútil, tive aquela sensação de correr atrás do último trem que eu já sei que perdi e que lá dentro estavam todas as coisas boas que eu poderia ter vivido se tivesse me esforçado mais. Minhas razões pra chorar a ''morte'' do Erick são tão egoístas quanto podem ser, mas são bem razoáveis quando você se vê na minha situação.
Enfim, só queria botar pro mundo esse turbilhão que tá dentro da minha cabeça e dizer que, quando alguém morrer, é provável que suas lágrimas sejam bem egoístas. Mas não acho que você deva se achar desprezível, afinal os bons amigos são egoístas e querem-se eternamente.

Bom ter você ''de volta'', Link. (:

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Algum dia de junho

Larguei os sapatos em cima da mesinha da varanda, meus pés ardendo o suficiente pra não querer dar mais um passo. Sentei nas escadas que levam à porta de casa e observei o vazio doloroso que há nos começos das manhãs.
Meus dedos se cruzaram atrás da cabeça enquanto eu via o sol sobrepujar as nuvens. Então, uma após a outra, senti as pequenas gotas salgadas pularem de meus olhos e quase as pude ouvir caindo nos tijolos de barro dos degraus. Hoje é nosso terceiro aniversário e eu comemoro a solidão que você me deu com presente.
Engraçado como ainda me pego falando em nós, em nosso aniversário, nosso cachorro, nossa casa. Não existe mais nossa cama, nosso jantar... nós não existimos mais. Não existe mais essa ''bobagem de gente grande''. Acabou há tanto tempo e ainda assim, eu culpo você até por tropeçar na mesinha. 
Não sei mais seu número, seu olhar ou seu telefone. Você só deixou aquela mensagem na secretária que, por pena e tortura consentida, eu ouço todo dia. Ali é um dos lugares onde ainda encontro você. Seu travesseiro continua com o leve cheiro almiscarado do perfume que eu tanto odiava. Sua foto ainda ocupa o mesmo lugar na porta da geladeira.
Por Que diabos eu não te esqueço? Não sei. Mas me lembro todos os dias que você ainda é a metade da minha história e eu nem se quer ouço o som de você cantando no chuveiro. Não sei se errei, se fui pouco, se fui muito ou se fui alguma coisa. Mas entendi que amor não acaba porque não é amor. Amor acaba porque, em algum momento, a balança pesa mais pro lado da dor do que pro nosso lado.
Ando tão cheia dos clichês e das fraquezas que eu sempre condenei nas mulheres apaixonadas. Chorei ouvindo Gavin DeGraw, li Caio Fernando Abreu e aprendi umas vinte letras depressivas de cantores variados. Já fiz todas as besteiras recomendadas na cartilha das recém-abadonadas e nenhuma teve a decência de diminuir essa dor. Tenho passado pela vida nos últimos meses. Não vou ao cinema porque posso ver, nos olhos das pessoas, que eu estou tão mal que deveria ter vergonha de andar em público. Já não leio romances porque todo vilão destas histórias tem o seu sorriso de lado e a barba mal-feita que eu tanto amo.
E depois de tudo isso, ainda consigo mentir dizendo que não penso em você quando algum amigo me pergunta ''como estou indo''. Espero que minhas mentiras me convençam e que você não seja tão magnífico daqui a algum tempo. Peço licença ao amor-próprio e caminho na tradicional espiral depressiva que vou encontrar dentro de casa com todas as lembranças entranhadas nas paredes.
Ainda te amo, mas isso é problema só meu.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Seremos.



''Não procuro alguém que me complete. Procuro alguém que me some, me dobre, me melhore e faça de mim algo tão maior que se perde de vista.''

R.M.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Porque sou canalha.



Amor, te traio. É. Te traio com certa frenquência, com amigas minhas, suas, com sites e com as minhas mãos. Te traio sempre que é conveniente. Já te traí com o cheiro da mulher que trabalha ao meu lado. Uma vez te traí, na nossa cama, com você mesma. Sabe, estou cansado de mentir pra você. Todo dia acordo e te traio um pouco mais, ou até menos, mas raras datas sou fiel.
Não. Não se ache menor. Minha infidelidade vem do meu mau caráter, da minha cretinice congênita e das coisas que eu aprendi pela vida. Fui ensinado que homem que é homem traça mais do que o pênis aguenta. Homem mesmo é aquele que tem uma mulher em casa e outras 5 na rua esperando um telefonema misericordioso com um convite pra um motel de meia estrela. Sou homem de deixar você esperando em casa naquela camisola nova enquanto uso uma vagabunda de terceira.
É, amor, sou canalha de berço, alma e cara de pau. Não tenho limites e estou lhe dizendo a verdade. A única fidelidade que mantenho é de amor. Meu amor é seu e somente seu. Isso nenhuma outra vai tirar, prometo. Porque amor é amor e sexo é sexo. Te sou fiel na alma, no amor, no espírito. Já no corpo, sou calhorda. Mas no fim, estou sendo sincero.
Não te traio por não fazer bom amor, boa comida ou carinho gostoso. Entenda! É algo maior que eu e que não sei controlar. Virei um cafajeste, certo dia, e não sei como voltar atrás. Mas isso não quer dizer que quero redenção. Afinal, quem não quer sexo em casa e mais sexo na esquina com todo o risco da sífilis no ar? Amor, pare de me jogar pratos! Estou lhe contando a verdade, que é o que você vem me pedindo desde que eu comecei a ser ''distante''.

Baseado em fatos reais.


quinta-feira, 19 de julho de 2012

Um brinde.

Engraçado como as coisas tem obrigação de terem um dia. Dia da mãe, do pai, do orgulho nerd, da criança, do amigo... É. Pense bem, engraçado como a gente tem que ter um dia pra homenagear ou lembrar de pessoas ou coisas que deveriam ser engrandecidos todos os dias. Daí que em algum ano, um alguém qualquer disse que todo dia 20 de julho deveria ser dia do amigo.
Não tenho nada contra datas, mas porque amigos tem que ter um dia? Por Que hoje eu devo dizer 'feliz dia do amigo'? Ah! Façam-me um favor? Dia do amigo é todo dia, todo minuto, todo sofrimento, toda festa, toda piada. Amigos, seu dia é hoje, amanhã e depois e no dia depois desse ou daquele.
Amo a todos como são. Mesmo que estejam no Pará, em Santa Catarina, no Rio, na esquina ou só no futuro, vocês são os melhores presentes que eu tenho/terei nessa vida. São pessoas que eu não esqueci e não vou deixar de pensar nos momentos mais importantes da minha vida.
Agradeço por tudo o que me fizeram, pelas broncas, pelos abraços, pelos tapas, pelas mordidas, pelas lágrimas divididas, pelos amores compartilhados. Ai! Agradeço por serem os pedacinhos do meu coração que se perderam e que perambulam pelo mundo. Sou feita de vocês, por vocês e pra vocês, queridos. Um brinde a todos os amigos. Os que foram, que são e que serão.



Sejam de um ano, um mês, uma vida, vocês são importantes!
Beijos
Ray

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Quando foi?

Lembro do dia em que aprendi a amarrar meu tênis. Parece que foi ontem que eu caí e abri o queixo pela primeira e única vez, aos 7 anos. Outro dia mesmo minhas únicas preocupações eram ligar pontos e se o lápis rosa estava no estojo. Sinceramente? O que mais me faz sentir falta daquele tem é a falta das responsabilidade, das frustrações. Sinto vontade de entregar tudo pra minha mãe e dizer ''Me salve, pelo amor de Deus.''Quando foi que tudo ficou tão difícil? Quando as pessoas pararam de me achar um criança fofinha e passaram a me tratar com verdades grosseiras e apatia? 
Semana passada me lembrei do dia em que descobri que eu era o alvo das fofocas da turma. Dizem que eu dei um chute tão forte na porta de alumínio que a empenei. Chamaram psicólogo na escola, terapia em grupo, meu drama e a lição pro resto da vida. É uma das poucas coisas que eu guardo na minha caixinha da mágoa. É. Me magoou bastante mas, de uma forma única, me fez mais dura. Quando foi que as crianças aprenderam a segregar e serem cruéis? Meu Deus.
Quando foi que as pessoas começaram a ignorar uma criança faminta na rua? Quando foi que as pessoas passaram a achar divertido esfolar gatos, treinar cães pra rinha ou até mesmo dá um chute num cão ''sarnento''? Onde foram parar o amor e a compaixão? Onde estão as pessoas que deveriam se levantar contra essas mediocridades?
Vi pessoas serem taxadas por sua aparência. Sei de mães que escondem seus filhos ''anormais''. Senti pais ignorarem a existência de filhos. Conhecia gente que foi assassinada por causa da fé. Ouvi pessoas chorarem por vergonha dos próprios gostos. Quando o mundo ficou tão hipócrita?
Desde quando é errado nascer com uma doença? Desde quando é feio estar fora do peso? Desde quando ter é mais que ser?

Quando foi que todo mundo resolveu ser tão escroto?





''Someone hear me please, all I see is hate
I can hardly breathe, and I can hardly take it''


sexta-feira, 13 de julho de 2012

Queria saber-te.

Acordei. Coloquei os pés no chão frio e senti aquele choque pequeno e até gostoso. Domingo de manhã tem gosto de monotonia, de café morno e saudade das coisas que eu não vou ver até o outro domingo. Liguei o rádio e Nando encheu a sala com o acompanhamento do violão num ritmo que parecia mais lento graças ao meu sono. Olhei pela janela as gotas do orvalho escorrendo pelas folhas, era tão cedo, tão só. Por Que eu estava de pé mesmo? Ah. Acho que era fome.
Fui pra cozinha enquanto a música fazia companhia: ''Sorrir, vem colorir solar. Vem esquentar e permitir''. Ótimo. Agora eu penso em você. Esse você que eu nem sei onde pode estar. Esse par de pernas que parece se afastar enquanto eu escuto essas músicas tão minhas.
Sinto-me exatamente assim, guardei pra você esse amor todo que não cabe no peito mas que tem se escondido dentro do meu olhar perdido e dengoso. Vem logo, amor. Seja quem for, no momento que for. Vem. Deixa eu tocar teu rosto, ouvir teu riso e aquecer a alma quando sentarmos juntos à beira da calçada só pra ver o vento soprar as folhas secas do nosso primeiro outono.
Por onde andas? E seus olhos, são aquele negro que me enebria a espinha ou o azulzinho que me faz voar? Suas mãos se encaixarão nas minhas? Querido, daria um pedacinho de mim só pra saber quem és. Essa espera tem me matado e renascido, me tirado o sono, tem contorcido meus pensamentos mais soltos e trazido eles pra você. Nem sei quem és, mas estou aqui, sentada na nossa janela vendo um dia a menos que teremos juntos. Fiz nosso café, vou ver nosso filme favorito debaixo do cobertor enquanto aqueço teu espaço com ansiedade.
Torradas com geleia nunca tiveram um gosto tão indiferente. Penso na falta de você e tudo parece tão desnecessário, mas aí penso no jeito que você vai fazer meu peito tremer de felicidade e tudo ganha sabor. Quero-te aqui e agora, meu bem. Espero-te, ansiosa e toda amores.


Sua desde agora.
Rayana

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Pássaro, sou eu.

24 de dezembro de 2011.

Éramos eu e Zé, meu primo favorito, sentados na mureta. Olhávamos a casa da frente só porque era bonita. Branquinha de janelas azuis com cortinas de renda que protestavam toda vez que o vento resolvia chicoteá-las. Zé sonhava em ter uma casa daquelas um dia, uma dessas casas dos sonhos, de dois andares, um carro com motorista e um cachorro que combinasse com aquela riqueza toda.
Nós não éramos pobres, mas estávamos longe de ricos, se bem me lembro. Aquele era o primeiro natal em que a gente teria uma ceia com peru, pernil e frutas cristalizadas. Eu nunca tinha comido, mas já achava elas meio nojentas. E tudo isso só ia acontecer graças à solidão do patrão da minha mãe. Era um viúvo na casa dos 70 que não tinha tido filhos. Ele só queria um natal em família, depois de alguns anos de luto. Mamãe arrastou todo mundo pra casa do velho, fez ceia, comprou presente e colocou Muddy Waters no rádio. Seu João gostava de Muddy Waters. Ele dizia que aquecia o coração ouvir aquelas músicas da juventude dele. Eu só sentia prazer quando sentava tão perto do rádio que podia sentir a vibração no coraçãozinho miúdo que eu tinha aos 8 anos.

- Prima, olha ali no segundo andar. - Levei os olhos pra cima e esperei a explicação.- Tá vendo a menina ali na segunda janela?
- Tô. Mas e daí?
- O que aconteceu com ela?
- Mamãe disse que ela tá com um negócio chamado dor de cotovelo.
- Dor de cotovelo? O que é isso?
- Sei lá. Só sei que é o que ela tem. Mas eu acho que ela tá é com saudade de um garoto que sempre vinha aqui de bicicleta.
- O que dor de cotovelo e um garoto tem em comum?
- Ele deve ter dado um daqueles beliscos que minha mãe dá em mim quando eu desobedeço.

Zé riu. Riu tão alto que a menina olhou pra gente e deu um meio sorriso. Hoje, vinte anos depois, eu sei que tipo de sorriso é aquele. Um sorriso esperançoso, um sorriso pra inocência que criança transmite. Ela apoiou os cotovelos na janela e o rosto nas mãos. Deu pra ver o nariz vermelho e o cabelo amarrotado de quem não pega num pente há algum tempo.

- Se ela tá com dor de cotovelos, por que tá piorando tudo?
- Ela deve ser meio maluca.- Cochichei.
- Tá com cara de espera.
- Esperando a dor passar?
- Deixa de ser burra, garota. Deve ser outra coisa.- Zé tinha uns 11 anos, era mais esperto.
- É coração partido.- Chegou Tio Bento e se encostou na mureta bem entre mim e Zé.
- Eita. Mas esse negócio de dor no cotovelo é sério.- Fiquei impressionada facilmente.

Daí o Tio explicou que coração partido é quando um amor não dá certo. Falou que amor é assim mesmo, que às vezes a gente entrega o coração pra alguém e esse alguém deixa cair, aperta demais ou simplesmente não segura do jeito certo. O coração é feito um passarinho, se apertar muito machuca o bichinho e pode até matar. Mas se a gente abrir demais as mãos, o passarinho quer voar pra muito longe e se perde da gente.
Zé achou besteira essa coisa de passarinho. Disse que amor é o que ele sentia pelo Botafogo.
Fiquei com Tio Bento enquanto ele me contava do rapaz que tinha voltado pra casa, mas não pra ela. Na verdade ele tinha voltado com uma outra garota pra casa dele, tinha casado e tudo isso sem nem dar uma explicação pra ela. Deu dó. Lembrei de quando minha irmã pegou mina boneca, esqueceu na escola e nem pediu desculpas. Deu uma dorzinha no coração quando mamãe veio explicar o que acontecera.

Os anos passaram, a chorosa da frente se mudou, seu João morreu e a casa dele virou herança pra mamãe. Cresci ali, me formei ali e te conheci na esquina graças a um encontrão criado pelo destino. Agora te escrevo essa carta com recomendações e um pequeno anexo. Escrevo pra lhe pedir que aceite meu coração, mas que não o aperte. Não me faça mal, não me deixe sozinha por muito tempo e que não tome um rumo muito distante daquele que penso pra nós. Cuide bem do meu canário vermelho que faço gosto em lhe dar e o deixe confortável. Não o deixe muito livre, ele é curioso e pouco experiente nessa coisa de amor. Não o solte porque eu gosto do laço que vem do teu olhar, do telefonema e da risada que me vem aos lábios quando você desponta na esquina antes da festa à fantasia com aquela roupa de retalhos e os passos trôpegos de mocidade.
Entenda, meu bem. Só estou lhe entregando o que você conquistou quando me deu aquele primeiro beijo na testa e me deixou à porta de casa num diazinho nublado que não guardava promessas. Você não é a metade que me completa, nem de longe a luz que ajeita meu caminhar. Você é meus pés, minha alegria, meu sorriso inocente e o pensamento repetido dezenas de vezes ao longo dos dias.
Ande. Tome! Guarde ao lado do teu porque, afinal, ele desaprendeu a bater quando te vi e agora precisa do ensino que vem do teu peito. Me tome, tome minhas escolhas e guie nosso futuro com carinho e pressão exatos. Prometo ser um pássaro obediente e cantar o dia todo, só pra te ver orgulhoso e seguro de amor certo que tenho pra lhe oferecer.
Serei o pássaro da manhã pra lhe acordar com cantigas doces, a andorinha pra te guiar a tarde e a esperta coruja pra vigiar teu sonho. Ai, meu bem! Serei o que quiseres, se me amares e aceitares hoje e sempre.





Com todo meu amor.
Rayana


P.S.: A foto não é minha.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Odeio praia.

- Então, por que você tá terminando comigo?
- Porque.. porque a gente não tá dando certo.
- E se eu mudar?


Doeu. Ouvir esse último recurso do coração ferido machucou meu coração determinado a não me envolver. Parece aquele grito desesperado de socorro quando a gente tá à beira de ser maltratado. E olha que eu nem era uma das partes integrantes dessa laranja mal encaixada. Eu era só um par de olhos perdidos no calçadão da praia e um ouvido virado pro lado da conversa. Ela chorou. Dava pra ouvir a dor nos gemidos baixos, ela parecia estar numa crise de asma. Asma de amor. Asma de solidão. Falta o ar quando a gente é abandonado. Ou pelo menos pareceu faltar. Apoiei o rosto na palma da mão e o cotovelo na coxa, a conversa continuou.


- Não chora. É golpe baixo e você sabe disso.
- Vou embora.


Ela levantou e sumiu à passos desolados ao longo da calçada. O patife ficou ali sentado por alguns instantes enquanto os olhos acompanhavam o distanciamento da menina.


O clima era triste, daquele tipo que a gente sente pós filme de drama ou quando a gente bem que queria se esconder do mundo pra não dar explicações. Aquele momento que todo mundo vive igual quando o coração tá pequeno, tá esvaziando e deixando o amor e as boas lembranças se tornarem só um buraco dolorido e prestes a sugar tudo em volta. Até hoje não sei se eu sinto pena, vazio, compaixão ou indiferença.
Quem tomou o famoso ''pé na bunda'' não fui eu. Cá entre nós um pé na bunda não deve doer tanto quanto essa enxurrada emocional. Depois de só Deus sabe quanto tempo dando certo, aí você dá errado alguns dias e tudo acaba. Deve ser mais fácil fugir do que tentar com tanta força. 
Senti uma pontada no peito. Quando caí em mim, parecia ter bebido o mar inteiro. Uma sede amarga, uma dor nos pulmões, aquele cansaço nos braços. Um desespero ainda maior pra sumir, pra esquecer, fugir. Acordei. Quase afogada na dor das minhas lágrimas, naquela lembrança de alguns dias. Era como se ele estivesse me dizendo agora que não estava certo. Sonho maldito que me faz lembrar dele e aquela boca cheia de desculpas e finais. Sonho que não me deixa esquecer que foi outro dia que eu me perdi nele. 
No dia, lutei tantas vezes contra minha vontade de afogar o vazio e deixar o mar me rumar. O mar, sim, era feliz. As pessoas pulam nele, batem braços e pernas e ainda assim é ele quem tem a direção. E quando a pessoa não quer mais ser controlada, ainda tem que lutar pra ir embora. Mas ainda assim o mar continuava imenso, com aquele azul ondulado e dono de si. Queria tanto ser dona de mim outra vez. Se eu soubesse o quanto dói se afogar em alguém, nem teria pisado na beirinha.
No fim, eu aqui trancada por dentro enquanto odeio praia.




Resolvi tentar algo novo e me inspirei na minha foto pra escrever essa bobagem.
Beijo, queijo e um amor pra vida toda.
Ray (:

quarta-feira, 13 de junho de 2012

De repente 21... D:

Pois é, caríssimos e caríssimas, cheguei aos 21 anos. O que isso significa? Basicamente nada. Mas dizem por aí que já posso ser presa internacionalmente, que posso casar sem permissão, etc. Não que eu pretenda aprontar em Nova Iorque e volta fugida pro Brasil brasileiro, mas é bom ficar ligada.
Bem, a verdade é que eu ando preguiçosa com a vida e não venho ao blog por falta de criatividade. Daí, pensei em falar sobre meu aniversário, coisa clichê. Porém, como a mente humana é um místerio e a proposta do blog é vocês conhecerem o autor, pensei numa brincadeira divertida. ''Listas 21''.

Como assim, Rayana?!

Simple, ser humano, vou fazer algumas listinhas que deverão ter 21 itens. Que tal? É. Coisinha boba, mas que pode acabar sendo divertida, pelo menos pra mim.
Então vamos nós.


Must-read:

1) A Paixão Segundo G.H. - Clarice Lispector
2) Coleção Os Karas - Pedro Bandeira
3) A Batalha do Apocalipse - Eduardo Spohr
4) Assassinato no Expresso do Oriente - Agatha Christie
5) Cira e o Velho - Walter Tierno
6) O Príncipe - Maquiavel
7) O Pequeno Príncipe - Antoine de Saint-Exupéry
8) Trilogia da Esperança - Christopher Paolini
9)  Hannibal - A Origem do Mal - Thomas Harris
10) Sangue de Lobo - Helena Gomes e Rosana Rios
11) Coração Ferido - Chelsea Cain
12) Carrie, A Estranha - Stephen King
13) Série A Mediadora - Meg Cabot
14) O Hipnotista - Lars Keppler
15) A Revolução dos Bichos - George Orwell
16) Viagem ao Centro da Terra - Julio Verne
17) Trilogia Inkheart - Cornelia Funke
18) Lugar Nenhum - Neil Gaiman
19) A Hora das Bruxas - Anne Rice
20) Aos Olhos da Morte - M.D. Amado
21) A Cartomante - Machado de Assis



Must-see:

1) Cadillac Records
2) Elizabeth - A Era de Ouro
3) Clássicos infantis da Disney
4) Gilbert Grape - Aprendiz de Sonhador
5) Dirty Dancing
6) O Grande Ditador
7) Um Drink no Inferno
8) O Poderoso Chefão
9) Star Wars 4, 5 e 6. 
10) Sociedade dos Poetas Mortos
11) Meu Nome é Khan
12) Curtindo a Vida Adoidado
13) Clube da Luta
14) Across The Universe
15) Vicky Cristina Barcelona
16) Hannibal (todos)
17) A Onda
18) Hotel Ruanda
19) Laranja Mecânica
20) Uma Mente Brilhante
21) Pulp Fiction



Must-listen:

1) Queen - Barcelona
2) U2 - Achtung Baby 
3) Led Zeppelin - Led Zeppelin
4) Nirvana - Nevermind (Há controvérsias)
5) Michael Jackson - Thriller e Invincible
6) Jet - Get Born
7) Frank Sinatra - A Man And His Music
8) Aretha Franklin - Lady Soul
9) Michael Bublé - Call Me Irresponsable
10) John Mayer - Room for Squares
11) Jimi Hendrix - Eletric Ladyland
12) Muddy Waters - Mississippi Blue e Rolling Stone
13) Etta James - The Gospel Soul of Etta James
15) Rolling Stones - Sympathy for the Devil
16) Franz Ferdinand - You Could Have It So Much Better
17) The Klaxons - Myths of the Near Future
18) Guns N' Roses - Chinese Democracy
19) Maroon 5 - Hands All Over
20) Sade - Diamond Life e Soldier Of Love
21) RHCP - By the Way



Chega de listas. Eu até queria fazer uma lista de séries mas é muito deprimente ter que deixar tanta coisa de fora. hahahahaha. Espero que gostem. Caso não tenham gostado, apenas lamentem, não encham meu saco. Esse foi meu post de comemoração de aniversário. :DD
Lembrando que a ordem das listas não são pro preferência. Fui colocando conforme lembrava. E eu sei que roubei colocando mais de um CD ou mais de um livro por autor, mas meu blog, meu jogo e minhas regras.
E vocês? Algum must pra mim?!

Beijo, queijo e 2mil blocos
A velhachataranzinza (:

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Falar demais... [Atualizado]

PRIMEEEEEEEEEEIRO POST DE MAIO! Vamo estalar a linguinha comentando de mais um acontecimento da vida real: FALAR DEMAIS! Quem nunca, né, minha gente querida?! Impressionante como a gente tem o dom de falar mais do que deve. Mas quando o falatório é compreensível? Será que raiva ou mágoa te dão carta branca pra falar o que bem entende? Eu falo mal de ex como se não houvesse amanhã. MAS eu só falo a minha verdade e não saio difamando as pessoas. Só não difamo porque eu não dou nome aos bois e acredito que isso seja um pouco de redenção pra minha língua afiada. E sinceramente, eu não reclamo por ter língua afiada e sei muito bem lidar com as consequências. Mas tem gente que não sabe lidar, né?!
Vamos aos acontecimentos: um casal de amigos terminou o namoro. E aí, o que aconteceu? Desandou o angu. Ela falou o que quis e - cá entre nós - não devia. Disse coisas totalmente fora dos parâmetros de raiva, desgosto ou decepção. Xingou, ofendeu. Aquele papo, né? Cuspiu no prato que comeu, pode até não ter se lambuzado ou lambido os dedos, mas ela comeu! Ou quase isso...
O 'x' da questão, meus amores, é que ela espalhou tudo aos quatro ventos. Falou em rodas, falou por inbox, falou com amigos em comum, com todo mundo. Enquanto ele mantinha o discurso do ''Deus me livre de voltar! Tô muito melhor solteiro. Voltei a ser eu mesmo.'' No fim, a fofocada deu mais que chuchu na serra.
Mas tá beleza! Cada um no seu canto, enquanto os amigos ouvem os choramingos. É justo. Toda mulher tem sua patota de amigas que fica sabendo de tudo. E todo homem tem aquelas pessoas em quem confia e acaba comentando. Mas o chato mesmo é ver uma pessoa falando mal sobre uma outra pessoa com quem dividiu intimidade, vida, tempo, alegrias, tristeza, momentos difíceis... essas coisas de relacionamento. Sabe?
A gente até tem um pouquinho (bem pouquinho) de raiva dos nossos exs. E todos sabemos que ex bom é ex longe, desaparecido e sem memória amigo. Né?!
E aí, depois de tudo, o que acontece? A terceira guerra mundial. Eles voltam e ficam jurando amor eterno. DAFUQ, BRASEEEEL?! Fiquei só um muito chocada. Na verdade eu e todo mundo que soube do término e ouviu as papagaiadas dos dois. E pra ser sincera, tinha gente torcendo pra eles não voltarem. Alguém disse: ''Cara, ela não era feliz com ele e ele não era feliz com ela. Não sei pra que voltaram.'' Mas agora que eles voltaram, que diabos os amigos fazem? Bem, 99% finge que não sabe das coisas que ouviu, finge que tá de boa com isso, mas pelas costas todo mundo diz a mesma coisa: ''Achei escrota a atitude deles.'' Ou seja, geral na encolha. Eu sou outra que não falei pra deles que achei feio tudo isso, mas é que eu prefiro evitar a fadiga mental. Se bem que eles não vieram me perguntar o que eu achei de eles terem voltado. Que seja, população mundial.
Mas nós chegamos ao fim da explanação e concluimos que não. Raiva não te dá a defesa perfeita pra tudo o que quiser. Mágoa não é desculpa pra falar mal de ninguém por aí. [Só se for aquele seu ex que você queria dopar e vender a medúla pra pagar um spa depois de todas as toneladas de chocolate que você comeu por culpa dele. Desse pode falar.]
E se alguém vier com essa de ''não podemos julgar''. VÉI, mas tô só dizendo como eu me sinto com relação a  tudo isso. Minha opinião, numa boa.
E vocês? O que acham?
Beijo, queijo e 2mil blocos.

Ray (:

P.S:


P.S.²: Não sou contra ninguém terminar e voltar, só acho que a galera perde a linha quando termina um namoro. O que pega mal pra próprias pessoas, né?! 


sábado, 7 de abril de 2012

Fotografia. Coisa mainstream.

Já viram aquela tirinha em que um homem passa mal e ninguém pode ajudar porque todo mundo é DJ? Então, acho que todo mundo será fotógrafo no futuro. Porque olha! hahahaha.
Mas tudo bem, eu não ligo. Não pretendo fazer disso meu ganha-pão nem nada parecido. Faço por gostar e achar muito interessante como uma foto se constrói nas mãos de uma pessoa com talento. Acompanho vários fotógrafos pela internet e admiro como essa galera rala e registra momentos mágicos e únicos.
Enfim, tô aqui pra mostrar pra vocês um tiquinho do meu hobby. E pra mostrar vou colocar umas fotos do último trabalho que eu fiz. Que tal?! hahaha. Sempre bom dividir com as pessoas as coisas que a gente gosta de fazer.
Bem, as últimas fotos que eu fiz foram de uma prima minha que fez 15 aninhos e festinha, etc. Como toda festa tradicional, ela ganhou um book semi-profissional (que eu fotografei e editei. hehe).





hihihi. Ela também é ~~pouco~~ bonita, então foi difícil fazer essas fotos. E no fim de semana seguinte, a bonita fez uma festinha simple e de muito bom gosto. (:





Sim. Sou eu aquele ser humano na foto em preto e branco. HAHAHAHA.
Enfim, foi um super prazer fotografar a festa dessa bonitona aí. Ela ainda não recebeu as fotos e vai ver uma pitadinha aqui. hahahaha. Vou matar a coitada do coração.
Tudo que a gente faz com a amor, vai bem. O grande ingrediente pra tudo na vida é amor. Por ele, você se esforça, dá seu melhor e se diverte. Certo?! Essa é minha mensagem hoje. Façam tudo com amor, se divirtam e tenham uma vida linda.

Feliz Páscoa.
Beijo, queijo e doismil cliques. (;
Ray



P.S.: Só coloquei foto vertical porque encaixa melhor com o molde do site.
P.S².: Post especial pra lindinha da aniversariante e pro queridíssimo Erick Soares. (:

domingo, 1 de abril de 2012

''(Nem tão) Querido ex,

eu sei. Faz algum tempo que não falo com você e nem faço questão de olhar na sua cara, afinal, você foi um canalha-safado-filho-de-parideira de marca maior. Mas eu superei. É sério. Se eu te xingo é só pelo costume. Não me leve a mal, mas depois de tudo que eu passei, me dei o direito de te difamar. Como assim difamar? Bem, eu falei mal de você pra todas as minhas amigas, inclusive as fofoqueiras. Contei praquela gostosinha da sua faculdade que você não aguenta 5 minutos de supino na academia e que aquele 'volume' na cueca, bem, é fabricado pela Lupo.
Deixa eu lembrar... AH! E também fiz um perfil seu, cheio de amor pra dar, naquele site ''Não saia com ele''. Você conhece, né?! Mas esqueçamos os favores que eu te fiz e vamos ao que interessa realmente. Estou te escrevendo porque, além de eu ser uma pessoa evoluída, eu não posso te encontrar pra dizer estas verdades. É. Fiz umas aulas de Krav Magá e tenho testado toda vez que penso no nosso relacionamento. E meu novo namorado, o Ricardo, é um pouco ciumento. Sabe como é... Conheci ele no Krav Magá. É meu professor. E tudo nele é original, se você me entende.
Mas como você está? E a barriguinha sensual criada à base de chopp todas as terças com aqueles seus amigos lindos?! Se quiser me chamar, eu aceito. Afinal, eu sempre quis saber quem eram as pessoas que te marcavam naquelas fotos de eventos que eu nunca soube que iam rolar. É. Aqueles que você só lembrava de me contar três dias depois! ISSO! Esses mesmo! Eu adorava ver aquelas fotos com mulheres com saias que pareciam cintos e sutiãs que poderiam explodir a qualquer segundo. Era emocionante.
Como está sua mãe? Aquela cobra peçonhenta que falou que eu dei uma engordadinha depois que a gente começou a namorar... Então, avisa pra ela que eu tô vestindo dois números a menos e tô pegando um cara que tem três vezes mais cérebro e músculos que o filho dela. Depois, manda ela pro inferno. Fico te devendo essa.
Enfim, lembra aquele urso que você comprou e disse que era nosso filho? O Ted! É. Ted morreu. Ele se jogou na minha churrasqueira. Tadinho. Sofreu muito com a separação. Já o meu cachorro, ficou tão feliz com ela que comeu todas as nossas fotos só pra me poupar do trabalho de rasgar.
Minha mãe mandou um 'oi' e disse que a festa de recepção de solteirice foi maravilhosa. É! Depois que a gente terminou, ela me mandou pra Argentina e deu uma festa. Teve até um bolo com recheio de alfajor argentino. Esse alfajor aí mesmo que você tá pensando. Melhor você nem querer saber o que meu pai te mandou...
Bem, pra terminar, eu te desejo tudo de bom. Um bom acidente de trânsito, um bom par de chifres quando arrumar outra namorada e por último, mas não menos importante, uma boa broxada. Além de tudo isso, eu quero te agradecer.
É sério. Depois que você me sacaneou até o último fio de cabelo, eu voltei pra academia, conheci gente nova, virei amiga de todos os seus amigos -acho que eles me chamam mais pra sair do que chamam você, né?! Nunca te vi nas festas que eles tem dado.-, arrumei um namorado, um novo emprego e nunca mais borrei minha maquiagem.
Tomar um fora foi a melhor coisa que podia ter me acontecido. MUITO obrigada.

Atenciosamente,

sua ex.

P.S.: Se você me vir andando por aí, sei lá. Pode se orgulhar. Você criou um ser humano muito melhor.''

Presentinho de 1° de abril!
Eu sou idiota.
Beijo, queijo e doismil blocos, seus lindos.
Ray (:

quarta-feira, 21 de março de 2012

Todo mundo tem um ex.

Ahá! Estamos de volta e com um imenso pedido de desculpas por ter sumido por quase um mês. mimimi. Mas voltamos a ativa e simbora classificar os tipos ~~maravilhosos~~ de ex que todas nós já tivemos.
Pra começar, todo mundo sabe que nenhum ex presta. Se prestasse, não seria ex.

No fundo, todas queremos esquecer os ex e adoraríamos que um cházinho desmemorizador existisse, mas enquanto nenhum chá desses aparece, a gente fala mal dos exs pra relaxar. E pra garantirem o título de safados-irritantes-mesquinhos-odiosos, os caríssimos se dividem nas seguintes categorias:

Bem-vindas a zona de perigo: Meu registro de ex.


Ex Rexona - Lema: ''Não largo o osso nem por um rodízio de carne.''

Esse é aquele ex que, mesmo que vocês tenham terminado em outra vida, não te abandona. Ele te manda sms, te adiciona do google talk, escreve 30 mensagens de email,  cria sinal de fumaça,  paga carro de mensagem, dá beijo por intermédio da sua mãe e ainda dá aquelas curtidas marotas nas coisas que você publica no face. Na minha terra a gente chama isso de encosto.

Ex Johnny Bravo - Lema: ''Não sinto saudade dela.''

Ah vá! Esse ex é um clássico. Ele banca o fortão, o ''bonzão'' e no fundo daria o mundo, daria tudo só por você. Ele te trata com desprezo, dá mole pra todas as suas amigas, namora sua inimiga de ginásio e tudo isso só pra te colocar por baixo porque ele ainda te ama e deseja seu corpo nu. Mal sabe ele que isso só faz você o odiar mais e não o contrário.

Ex Vale a pena ver de novo - Lema: ''De novo. De novo. De novo.''

Esse aí é karma. Vira e mexe aparece, dá um jeito na sua carência e vai embora. Podem passar 5, 10 ou 15 anos, você vai sempre ter aquele desejozinho enrustido por ele. E no final, bate aquele remorso catatônico por ter dado uma chance ao cara mais canalha do universo pela centésima vez, ao invés de procurar novos ares.

Ex Moita - Meu lema: ''Peguei, não nego. Mas escondo enquanto puder.''

Quem nunca, né, gente?! Toda mulher já gamou no coleguinha menos favorecido de beleza e depois se arrependeu por não ter feito as coisas na encolha. Esse ex é aquele digno de aposta de gente bêbada na noite ou aquele momento ''Tô desesperada. Vou pegar o primeiro que passar.''. Entendam, nessa horas nunca vai passar o Carlos Casagrande, lindas. Daí, quando você se dá conta, namorou o Beiçola e virou a piada da roda.



Ex Kinder Ovo - Lema: ''Só Deus sabe o que vem.''

Não importa onde você vai encontrar o ex, nem a equipe do BOPE estaria pronta pra lidar com esse infeliz. Ele pode beber, vomitar arco-íris, te abraçar, gritar uma declaração de amor, te dar uma voadora, comprar uma bicicleta, dançar Ragatanga vestindo uma tanga de glitter, ligar pra sua mãe ou contar que você tem uma verruga no umbigo. Então tomem cuidado com esse aí.

Ex Darwin - Lema: ''Depois que tomei um pé na bunda, evoluí.''

Ele tinha aquela barriguinha de chopp, barba de Che Guevara e o cabelo do Slash, mas te tratava como uma princesa. Vocês terminam e o desgraçado perde 23 toneladas, larga a cerveja e faz 3,810 abdominais por minuto. SERIOUSLY?! Não quero mais falar disso.

Ex Outdoor - Lema: ''Eu me amo, eu não posso viver sem mim.''

Ele só se exibe, só fala dele, pensa nele, ama a ele mesmo e é um pé no ovo esquerdo. A diferença desse pro Johnny Bravo é que ele tá ocupado demais com o six pack dele pra namorar sua inimiga de ginásio.

Ex Rodinho - Lema: ''Galinhar.''

Ele pega as bonitas, as feias, as catiças e as coroas. Ele tá aí na atividade e critério não existe. Não tem tempo ruim, o negócio e estar acompanhado e fazer você se sentir mais um número pra lista interminável que ele está salvando no celular.


Não sei mais nenhum tipo de ex. Na verdade, sei. Mas tô com preguiça de escrever mais. HAHAHAHAHA. E vocês? Quais os tipos de ex que vocês conhecem? Algum desses aqui em cima existe na vida de vocês?
Beijo, queijo e 2mil blocos.
Ray (:




Por um mundo melhor: Chá 'Apague seu passado'!

P.S: Pra quem curte filmes ou séries que falem de ex, aqui vai minha indicação: 'The Ex List' é um seriado que conta a história de Bella Bloom. A jovem vai a uma cartomante e descobre que precisa se casar em um ano ou ficará sozinha pra sempre, mas o homem de sua vida é um dos seus ex.


sábado, 25 de fevereiro de 2012

Porque amar São Paulo - Parte 2

Ahá! Eu sei que demorou, mas o PQASP está de volta, genteeess! E bem, como eu tô com preguicite aguda pra escrever uma introdução enorme, aqui vai:


Porque amar São Paulo:
Vida cultural e passeios.


É. São Paulo tem os melhores centros culturais e parques para serem visitados. Acreditem em mim! Então vamos a lista.


MASP [Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand]
Blá blá blá, um monte de quadros. hahahaha. 
Geralmente tem alguma exposição a parte lá, mas eu 
vi apenas os quadros que ficam lá sempre.
Essa é a parte de trás do museu, infelizmente a 
gente não pode fotografar lá dentro, NEM SEM FLASH.
O Museu é suspenso e bem, dá pra se divertir 
com os nomes engraçados dos quadros e retratos que estão em exposição.
O MASP se localiza na Avenida Paulista e o ingresso custa R$15,00 dando direito a visitar todas as exposições em cartaz no dia da visita. Toda terça-feira a entrada é gratuita. Meia-entrada tradicional de SP, estudantes e idosos.

- Museu da Língua Portuguesa [Estação da Luz]
Lindo! Maravilhoso! *-* 
O MLP geralmente tem uma exposição sobre a vida 
de algum autor.
Quando eu fui o autor homenageado era 
Oswald de Andrade e um dos três andares do museu 
era dedicado a falar da vida e obra do autor.
Os outros andares falam da origem da língua 
e regionalização da fala. 
Bem bacana. O museu tem partes interativas e tudo é muito bem explicado. 
O Museu se localiza na Praça da Luz. O ingresso custa 6,00 reais e aos sábados 
a entrada é gratuita. Esquema de meia-entrada tradicional de SP, estudantes e idosos.
Nada de menores de 21 anos.


- Estação da Luz. 
Não tem NADA pra fazer lá, mas como o MLP e a 
Pinacoteca são super perto, vale a pena dar uma passada 
e tirar uma foto.
A Estação mantém as estruturas antigas e é bem charmosa. 
O máximo que dá pra fazer é tomar um cafézinho ou tomar 
um sorvete. hihihi.





Então, só esculturas e mais esculturas. É interessante quando 
você tá no humor pra tal tipo de passeio. 
Mas não é algo que você não pode deixar de fazer.
Ingresso combinado (Pinacoteca e Estação Pinacoteca): R$ 6,00 e R$ 3,00 
Grátis aos sábados.
Estudantes com carteirinha pagam meia entrada. 
Crianças com até 10 anos e idosos maiores de 60 anos não pagam.



- Praça da Luz.
Fica tudo juntinho mesmo. O MLP, a Pinacoteca e a Praça. 
A Praça é linda, super bem tratada e tem vários lagos que você consegue ver por ''labirintos'' subterrâneos. Dá pra ver os peixer MA-RA-VI-LHO-SOS nadando e peixando. hihihi.
Fora os lugares super legais pra tirar fotos e até pra fazer trabalhos fotográficos.




Não é um museu, mas sim um centro cultural voltado para o ensino de forma interativa e divertida. Lá você pode ficar dentro de uma bolha de sabão, ver um poço sem fundo e ver seu cabelo ficar todinho pra cima feito o do Neymar. hahahaha. 
Tudo pode ser fotografado, algumas partes com e outras sem flash. É um casarão antigo e com um espaço externo recheado de aeromodelos e maquinário de ferrovias, E VOCÊ PODE ENTRAR/TOCAR/BABAR em todos eles. HAHAHAHAHA. Foi o melhor passeio que eu fiz.
Não há dia de gratuidade, o ingresso custa 6,00 reais com meia para estudantes e idosos.

- Parque do Ibirapuera
O treco é enorme. Tão enorme que eu tive que ir lá dois dias pra ver tudo. Dentro do parque existem dois museus (que eu não visitei porque esqueci que segunda os museus fecham), o Museu de Arte Moderna (MAM) e Museu Afro Brasil. Não sei sobre entradas, mas os museus são bons (segundo minha mãe).


Muito bacana. E segundo minha prima, dá de 10 a 0 no Museu do Futebol carioca. Enfim, conta a história dos times do Brasil, algumas curiosidades, fala sobre as bolas das copas e tudo o mais. É bem legal. Fora a vista linda pra praça Charles Miller. O Museu é no Pacaembu. A gratuidade é as quintas. Não sei o valor do ingresso. xD






Fora o Mercado Municipal que é um lugar clássico para visitas, mas eu não tirei foto. Almoçar lá é bem gostoso. Espero que vocês curtam, caso visitem...


Beijo, Queijo e 2mil blocos.
Ray (:

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Friendzoned

Bem, o post de hoje é sobre um assunto muito mamilos polêmico. Nessa terça três amigos meus vieram aqui em casa e fizemos um get together a base de Wii, Gamecube, comida e bate-papo. O assunto friendzone surgiu porque éramos três meninas e um menino. Ele disse: ''Essa situação é bem bizarra. Ou eu fui friendzoned ou...'' PRONTO! Virou o assunto da roda. Mas sejamos sinceros. Quem nunca, né, minha gente?! A triste verdade é que todo mundo já foi 'friendzonado'. Caso você seja um álien e ainda não tenha sido, será. Já que é bem normal a gente se interessar por alguém que nos vê/coloca/trata/ama/abraça apenas como amigo.
Quem nunca se apaixonou por um amigo, que atire a primeira pedra. Até porque eles sempre são pessoas que nos conhecem melhor, terminam nossas frases, entendem nossas piadas idiotas e ainda riem delas. Não é crime nenhum se apaixonar por um amigo. Apesar de eu achar que é um crime falar ''Não quero estragar nossa amizade.''. Quantos corações foram partidos graças à essa frase?! Quantas pessoas molharam seus travesseiros com lágrimas ou perderam noites de sono se perguntando como sair dessa?!
É, gente. Não tá fácil pra ninguém! Gostar é uma coisa complicada, ainda mais quando não é recíproco. A gente sofre, chora, quer desistir de tudo, faz draminha, se desespera, sente ciúme e não muda nada. Mas por que falar disso no blog? Eu sei lá. É um assunto divertido, no fim das contas. É engraçado lembrar dos momentos em que fui frienzonada. A lembrança mais recente é de um guri me falando sobre estar se apaixonando por essa amiga e blá blá blá. Só faltou um letreiro de pisca-pisca: FRIENDZONADA!
Foi triste porque eu ainda acho ele uma gracinha. mimimi. Mas agora somos amigos por opção dele. A gente perde o namorado em potencial, mas ganha um amigo bonito pra botar inveja nas recalcadas, né não!? HAHAHAHA. Até parece que eu faço isso. Enfim... já fui friendzonada e já friendzonei conscientemente e provavelmente inconscientemente. Acontece. E você também deve ter friendzonado alguém por aí. Mas as grandes questões são: é tão ruim assim entrar numa friendzone? Há como sair dela?
De início, é uma bosta entrar na friendzone. Parece que toda e qualquer chance com aquela pessoa virou poeira intergaláctica e você será sempre o frustrado na vida por não ter tido um ínfimo e doce 'sim' pra tentar conquistar o alvo do desejo. Mas depois de um tempo, acho que friendzone tem seus pontos bons. Você vai estar sempre por perto, sempre bem tratado e com direito a abraços infinitos! \o/ Tá. Vou parar de mentir. Friendzone é um cocô. Não tem NA-DA de bom em ganhar a faixa de ''Best Friend Forever'' e ficar com aquele sorriso amarelo na cara enquanto seu amado fica se amassando com aquela outrazinha lá. Será que uma vez na FZ, há como voltar?! Olha, não conheço ninguém que tenha sobrevivido pra contar história, caso vocês conheçam, me contem! Mas sempre há uma primeira vez pra tudo, né?! É possível que algum descendente de guerreiro espartano sobreviva ao poder destruidor da friendzone e ganhe a mocinha pra si. Mas até que isso aconteça, saibam: friendzone é mortal. Deve haver um monstro de 35 cabeças e cuspidor de fogo por lá.  Ninguém está a salvo de chegar lá e não tem a possibilidade de sair. Tomara que a gente aprenda a lidar com isso e não fique muito tempo sofrendo pelo mesmo indivíduo. Porque superar o fora é bom, mas se apaixonar e ser correspodido? AH! Isso me gusta!
Mas enquanto não superarmos a friendzone, vamos plantar árvores! \o/

Beijo, queijo e 2mil blocos.
Ray